Efeito superstar: estudo da Mckinsey revela mudança na dinâmica das megacorporações
O rápido crescimento de grandes empresas globais vem fomentando um debate sobre o “efeito superstar”. Recentemente, o Instituto Global Mckinsey (MGI, na sigla em inglês) publicou os primeiros achados em uma série de pesquisas sobre o assunto, destacando as percepções-chave reveladas e as implicações que elas trazem para os CEOs ao redor do mundo.
Tudo porque o mundo hoje observa uma movimentação maior que a normal dos players no topo da pirâmide corporativa mundial. De acordo com o estudo do Banco Mundial “World Development Report 2019: The changing nature of work”, hoje as empresas na categoria superstar são quase todas plataformas digitais e estão transformando a forma de fazer negócios. De acordo com o estudo do MGI, as empresas superstar são identificadas no topo dos 10% das maiores companhias globais, públicas e privadas, um grupo que engloba 80% do lucro econômico. As grandes marcas de tecnologia americanas e chinesas figuram na lista, assim como players globais como a Coca-Cola
O ranking cita nomes como a JD.com (que começou como um pequeno negócio de varejo em Pequim e hoje conta com cerca de 352 milhões de usuários ativos); a Jumia (e-commerce de eletrônicos e moda fundado em 2012 que conquistou o mercado de 23 países africanos); a Ant Financial (startup que integra o grupo Alibaba e usou inteligência artificial para crescer); e a Grab (rival da Uber no sudeste asiático, que investiu no sistema de pagamentos GrabPay). Todas elas têm algo em comum: utilizam plataformas digitais e aproveitam a disposição dos consumidores de usar cada vez mais os serviços online.
Nova dinâmica
Para entender a dinâmica melhor, a pesquisa analisou 5.760 das maiores empresas públicas e privadas do mundo. Todas elas com receita anual maior do que um USD 1 bilhão. Juntas, elas compuseram 65% dos ganhos corporativos anuais em rendimento bruto entre os anos de 1994 a 2016.
A métrica usada para classificar as superstars é o lucro econômico, uma medida do capital investido da empresa vezes seu retorno acima do seu custo ponderado do capital. “Nós focamos no lucro econômico porque ele reflete o valor criado pelas atividades e investimentos de uma empresa”, detalha o Instituto.
O conceito de empresa superstar foi criado pelo economista Sherwin Rosen em 1981, e de lá pra cá muita coisa mudou. Pelo conceito de Rosen, essas companhias são as grandes responsáveis pela maioria dos empregos formais, movimentando a economia e empregando muitos trabalhadores. Com a vinda da tecnologia, esse cenário mudou. Novas empresas entram no mercado e, usando a tecnologia, conectam marcas, criando novas fórmulas.