Mulheres estão à frente de 34% dos negócios brasileiros, mas faturam menos
Neste Dia Internacional da Mulher, o Sebrae divulgou um estudo sobre empreendedorismo feminino que revela que cada vez mais elas estão à frente dos próprios negócios. Entre 49 países do mundo, o Brasil tem a 7ª maior proporção de mulheres entre os “Empreendedores Iniciais”.
Os números mostram que, hoje no Brasil, 9,3 milhões de mulheres representam 34% de todos os donos de negócios formais ou informais. Nos últimos dois anos, a proporção de mulheres empreendedoras que são “chefes de domicílio” passou de 38% para 45%. Ou seja, o avanço da atividade empreendedora passou a conferir às donas de negócio a principal posição em casa. Quando olhamos para os Microempreendedores Individuais (MEI ), homens e mulheres já possuem praticamente igualdade. Elas representam 48% dos negócios. As principais atividades são relacionadas a beleza, moda e alimentação.
Mesmo assim, os dados também revelam que elas enfrentam mais dificuldades que os homens, tendo, por exemplo, uma desvantagem significativa quando se trata de acesso a crédito e linhas de financiamento. As mulheres empresárias acessam um valor médio de empréstimos aproximadamente R$ 13 mil menor que a média liberada aos homens. Apesar disso, elas pagam taxas de juros 3,5 pontos percentuais acima do sexo masculino. Nesse aspecto, nem os índices de inadimplência mais baixos, verificados entre as pagadoras do sexo feminino, foram suficientes para gerar uma redução dos juros. Enquanto 3,7% das mulheres são inadimplentes, os homens apresentam um indicador de 4,2%.
Elas continuam ganhando 22% menos que os empresários, uma situação que vem se repetindo desde 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2018, os donos de negócio do sexo masculino tiveram um rendimento mensal médio de R$ 2.344, enquanto que o delas ficou em R$ 1.831.
O estudo constatou ainda que as representantes do sexo feminino empreendem movidas principalmente pela necessidade de ter uma outra fonte de renda ou para adquirir a independência financeira. As análises feitas pelo Sebrae mostram que as mulheres empreendedoras são mais jovens e têm um nível de escolaridade 16% superior ao dos homens.
Leia o “Relatório Especial – Empreendedorismo Feminino no Brasil” e o “Painel Empreendedorismo Feminino”.
Fonte: Agência Sebrae